Falsa instituição de solidariedade social
-> Trabalhadora numa instituição de solidariedade social denuncia a falta de respeito e atentado à dignidade diários às pessoas que procuravam ajuda nesta falsa instituição, assim como daquelas que davam os seus donativos para ajudar os falsos beneficiários desta.
Os funcionários desta falsa instituição de solidariedade social, que trabalhavam numa pequena sala dotada apenas com mesas, cadeiras e um telefone por pessoa, tinham como tarefa realizar telefonemas em nome da instituição com vista à obtenção de dinheiro/géneros, persuadindo as pessoas com histórias inventadas para mobilizar a sua ajuda.
Os donativos em géneros, como roupa e alimentos, eram, na maioria divididos pelos funcionários e patrões, ou então deitados fora uma vez que não se destinavam, de facto, à ajuda de uma população em concreto. Os donativos em dinheiro garantiam os seus salários e o enriquecimento dos mentores desta impostura.
Os trabalhadores, todos mulheres, sofriam grandes pressões por parte da entidade patronal, não tinham um horário de trabalho ou tempo de pausa definidos – trabalhavam de manhã até ao final do dia e o almoço tinha de ser feito na sala de trabalho.
