sexta-feira, 30 de março de 2012

Agora nunca é tarde!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Encontro Nacional de Colaboradores da JO


Para todos os Jocistas!




Não faltes! Contamos contigo!


sexta-feira, 23 de março de 2012

Caminhada da Fé!

A Caminhada de Fé vai realizar-se na Serra da Freita no dia 12 de Maio!

Data Limite de Inscrição: 28 de Abril


Inscreve-te! :D

quarta-feira, 21 de março de 2012

Anunciação :)

Surdo murmúrio do rio,
a deslizar, pausado, na planura.
Mensageiro moroso
dum recado comprido,
di-lo sem pressa ao alarmado ouvido
dos salgueirais:
a neve derreteu
nos píncaros da serra;
o gado berra
dentro dos currais,
a lembrar aos zagais
o fim do cativeiro;
anda no ar um perfumado cheiro
a terra revolvida;
o vento emudeceu;
o sol desceu;
a primavera vai chegar, florida.

Miguel Torga

quarta-feira, 14 de março de 2012

Geração à Rasca...

Um ano depois, a geração à rasca deu lugar ao Portugal à rasca.

Há um ano, centenas de milhares de portugueses manifestaram-se nas ruas contra o fim da precariedade, por um futuro melhor. Hoje, está quase tudo pior, lamentam os organizadores. Ainda assim, as pessoas descobriram que têm voz, estão mais conscientes e atentas à política, dizem. Não é fácil perceber o que mudou para melhor desde que, a 12 de Março, o País assistiu a uma das maiores manifestações de que há memória, sem qualquer estrutura partidária ou sindical por detrás. Na altura, os ingredientes que confeccionaram o protesto foram vários, como recorda Alexandre Sousa Carvalho, um dos organizadores do protesto: a canção “Parva que Sou”, dos Deolinda, verbalizava a insatisfação de uma geração de licenciados que não conseguia encontrar estabilidade laboral; a Primavera Árabe continuava a derrubar ditadores no Norte de África e Médio Oriente. E o Governo Sócrates vivia uma fase de muita contestação. A soma destas partes foi igual a 300 mil pessoas na rua em Lisboa e no Porto.

Hoje, a Primavera Árabe procura derrubar mais um líder – desta feita na Síria. Por cá, o Governo mudou, e até trouxe um “bónus”: a troika, pedida por José Sócrates a 6 de Abril, para resolver o problema de financiamento do País. “Um ano depois temos um Portugal à rasca. As medidas que estão a ser tomadas não têm em conta as pessoas, e estão a colocar-nos em recessão. Não há estabilidade profissional, o desemprego continua a aumentar”, lamenta Paula Gil, uma das organizadoras (são quatro) do 12 de Março – que deu origem ao Movimento 12 de Março (M12M). A descrição é facilmente entendível, numa altura em que o próprio Presidente da República se queixa da sua reforma.

Alexandre Sousa Carvalho lamenta que a precariedade não tenha sido “tratada”. “Uma das nossas acções, em conjunto com outros movimentos, foi uma iniciativa laboral cidadã, um projecto-Lei para o qual recolhemos 36 mil assinaturas, e que agora está na Assembleia da República. Reunimo-nos com a bancada do PSD para discutir a proposta, e disseram-nos que não a tinham lido, apesar de ela apenas ocupar uma folha A4”, conta um dos membros do movimento. “Além disso, as crises políticas e económicas estão mais graves e o desemprego em níveis que já não víamos