
Trabalhadores independentes recebem menos 0,5%.
A partir de hoje tudo é um ponto percentual mais caro. O aumento de todas as taxas de IVA começou a fazer efeito desde a meia-noite, depois de o governo aumentar as três taxas de IVA para fazer frente ao défice excessivo. Os bens essenciais passam de 5% para 6, os bens sujeitos à taxa intermédia passam de 12% para 13% e os restantes sofrem igual aumento e passam de 20% para 21%.
Na generalidade aumentam todos os bens: alimentos, produtos para a casa, medicamentos, água e electricidade. A factura mais pesada vai ser a do gás, cujo aumento é de 3,2%.
Combustíveis - Sujeitos à taxa máxima de 21%, o aumento fez--se sentir já desde a meia-noite. A Galp e a Repsol assumiram que não vão absorver o aumento, ou seja, estão já a cobrar directamente ao consumidor para não perderem a margem de lucro.
Transportes - Amanhã é também dia de novos preços nos transportes urbanos de Lisboa e nos rodoviários e ferroviários da Área Metropolitana de Lisboa. Os transportes públicos vão ficar 1,2% mais caros. A Brisa decidiu também aumentar o valor de 103 portagens das auto--estradas que concessiona (A1, A2 e A5). A excepção vai para os táxis, onde não está autorizado um aumento dos preços e a bandeirada se mantém nos dois euros.
Recibos verdes - Os trabalhadores independentes são aqueles que mais vão sentir os aumentos dos impostos. Sujeitos ao aumento da retenção da fonte de IRS, vão agora sofrer também o aumento do IVA para os 21%. Na prática, segundo explicou ao i o fiscalista João Espanha, um trabalhador que passe recibos verdes "vai receber menos 0,5%". Ou seja, a partir de hoje, quando passar um recibo verde, o trabalhador vai liquidar 21% de IVA, mas vai reter 21,5% para o IRS, o que significa "um pouco menos de dinheiro no bolso", diz o fiscalista.
O decreto-lei onde estão incluídas as várias medidas de austeridade foi publicado ontem antes das 17 horas, a cerca de sete horas de entrar em vigor.
iOnline
por Liliana Valente
em 1 de Julho de 2010
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